O mundo do linux tem várias
distribuições, o que significa mais opções de sistemas pra
instalar no computador e escolher o que mais te agrada como usuário.
Para citar algumas temos o Debian, OpenSuse, Ubuntu, Linux Mint,
entre várias outras distribuições.
A maioria das distribuições
principais adota um ciclo de lançamento de seis meses (a cada seis
meses uma versão nova), e a cada seis meses você baixa um outro
ISO, grava e então formata a máquina, pois muitas vezes atualizar
direto pelo apt-get upgrade pode dar algum problema e quebrar sua
instalação atual (por isso foram adotadas as LTS, versões que tem
um suporte estendido e garantem pelo menos dois ou três anos de
atualizações sem precisar reinstalar o sistema).
Como alternativa a essas distribuições
foram criadas as famosas Rolling Release, as quais recebem
atualizações periodicamente, sem necessidade de uma nova
instalação, o que salva muitos dos usuários que querem
estabilidade e coisas assim.
Me apaixonei pela ideia de nunca mais
ter que reinstalar o sistema quando uma versão nova saísse, e toda
vez que houvesse atualizações era só mandar atualizar e pronto.
Ter os pacotes mais atuais sempre à minha disposição pareceu muito
tentador, e realmente não resisti a essa tentação. Lá fui eu
novamente buscar então uma outra distribuição, fazer o download e
colocar no meu HD que tem mais puxadinho (partição) que a minha
casa. A distro escolhida foi o Linux Mint Debian Edition, com XFCE e
na edição 32 bits.
Sem duvida o Linux Mint tem se mostrado
uma ótima alternativa, ainda mais por ser derivado do Ubuntu. A
edição Debian é (logicamente) baseada no Debian, e uma Rolling
Release.
À primeira vista o sistema pareceu
lindo, rápido e funcional. E, realmente, funcionou bem, até
completar a instalação.
O LMDE (como é mais conhecido) veio
com codecs de MP3 e coisas assim, um ponto extra, já poderia escutar
minhas musicas de primeira, sem adicionar codecs e outras firulas. O
tema padrão é agradável, mas tive que tirar aquele Wallpaper
(normal...). O problema veio com a pós-instalação do sistema. Fui
instalar o Chromium (versão Open Source do Chrome) e o Synaptic deu
o erro dizendo que havia um pacote quebrado. Tentei corrigir através
do próprio gerenciador de pacotes e... nada, continuou retornando
mensagens de erro.
Aí começa sempre o auto
questionamento “caramba, como um pacote quebrou sem eu instalar
NADA?” Vai saber... O resultado: tive que apelar pro Terminal,
usando o máximo de paciência disponível até achar algum comando
que desse resultado (apt-get update, apt-get upgrade), achei o
bendito pacote quebrado e então era hora de remover, usei o comando
adequado e... WAIT! Apareceram 70mb para baixar e instalar no
computador. Chega uma hora que surge a questão “como assim? Era só
pra remover o pacote quebrado, véi...” Sem problemas, vamos lá
deixar o computador baixar e instalar os 70mb, não demorou muito
mesmo.
No meio da instalação apareceu um log
no terminal e nada de terminar, começou a me dar nos nervos. Após
várias (sem exageros) horas de tentativas consegui finalmente
resolver esse problema e instalar o Chromium. Mandei o sistema
atualizar e okay, 80mb de atualização, isso pela manhã.
Durante a tarde tive que passar umas
imagens para o celular, lá vai a conexão com o cabo USB e abri o
Thunar para copiar e colar os arquivos. Um problema: o Thunar não
colava arquivos na pasta no celular. Hora de sair à procura do
Nautilus, ótimo gerenciador de arquivos. Lá se vão mais duas horas
de pacotes quebrados e mais megas para baixar, ô dor de cabeça. O
problema dessa vez era o Samba, um programa que nem uso e quebrou do
nada.
É o que acontece numa distro Rolling
Release, vários megas de atualizações, pacotes quebrados
regularmente ao tentar instalar um programa e coisas assim. Várias
são as vezes que apelar ao terminal é necessário (só tive que me
virar mesmo quando do nada uma atualização removeu o meu terminal
O.O), e não recomendo uma instalação assim para quem ainda está
engatinhando ou odeia mexer com o terminal.
Se você está contente com o ciclo de
lançamentos de seis meses da sua distribuição, não troque. Se
quer estabilidade e um longo suporte, espere pela próxima LTS ou
LTS-based. Se você é um(a) usuário(a) que quer uma aventura a mais
e de quebra quer aprender a resolver seus problemas de instalação e
outras coisas por conta própria e usar um pouco mais o terminal, uma
Rolling Release é um prato cheio e muito recomendado.
Ainda estou com o LMDE aqui instalado,
agora com o Enlightenment, ambiente que me conquistou com o Bodhi
Linux e por incrível que pareça achei muito bonito e eficiente.
Até mais.
Depois de muito procurar uma distro Linux que rodasse bem no meu notebook, conheci e instalei o LMDE, e até agora tem sido excepcional tanto no reconhecimento dos hardwares quanto no desempenho.
ResponderExcluirO único problema foi ao tentar instalar o K3b, que também deu como pacote quebrado. Por enquanto vou usando o Brasero, que não é o melhor, mas evoluiu bastante nos últimos meses.
Em desempenho e reconhecimento de hardwares o LMDE dá realmente um show. O Ubuntu 11.10 e outros não chegam nem perto, xD.
ResponderExcluirQuanto ao K3b, não gosto muito dele, prefiro o Brasero, mas cada um é cada um ^^