Sexta indicativa #5

Aproveitando então para o lançamento da tão esperada Sexta Indicativa de número 5 venho apresentar para você um clássico do Super Nintendo: Terranigma.


Parece que alguns dos melhores jogos da era dos 16 Bits foram lançados apenas quando o SNES e o Mega já davam sinais de cansaço, aproveitando realmente o que os consoles tinham a oferecer. Em um post anterior tratei de falar sobre Rockman & Forte, lançado em 1998, quando o SNES estava morto para o resto do mundo, mas no Japão a fabricação dele foi até 1999 oficialmente.


Já um ótimo jogo que foi lançado um pouco antes e merece a atenção é Terranigma, lançado no ano de 1995 no Japão e depois foi para a Europa em 1996. O gênero? RPG, claro. A empresa responsável pelo desenvolvimento foi a Quintet, e a publisher foi ninguém menos que a SQUARE ENIX!!! *Estrondos*

A história do jogo? Bem simples: Ark é um moleque que não tem sossego que vive na aldeia de Crysta, em um mundo desolado por fatos desconhecidos. Quando ele descobre uma porta emitindo uma misteriosa voz é advertido por um velho da aldeia para não abrir a bendita porta. Então o que esse moleque maldito faz? Sim, ele ABRE A DROGA DA PORTA!!! Então, depois de abrir a porta e descer uma série de escadarias ele descobre uma caixa, de onde vinha a voz (não era uma caixa de som!!! MALDIÇÃO). Como o velho não estava lá dizendo pra não abrir a caixa (se o velho estivesse e falasse pra não abrir, iria adiantar alguma coisa?), Ark abre a caixa e então surge o estranho Yomi.
Assim que Yomi sai da caixa ocorre o congelamento de quase todos os aldeões. Apenas dois aldeões estão imunes ao congelamento (ou lembraram de colocar agasalhos): Ark e o velho que disse para ele NÃO ABRIR A DROGA DA PORTA, e que agora manda o garoto partir para além dos limites da aldeia e tentar salvar o mundo todo do congelamento.
É uma espécie de compensação o que o velho manda o garoto fazer, algo como:

"- Eu não falei pra não abrir a p*rra da porta, moleque? Agora que você abriu o freezer congelou todo mundo, vai lá e salva esse mundo antes que nós dois viremos carne congelada também.
 - Mas tio, por que você não salva o mundo?
 - Moleque, você foi quem abriu a porta e é você quem vai salvar o mundo. Anda lá."

E então Ark sai pelo mundo para tentar resolver o problema que ele mesmo causou. O resto da história você só vai conferir jogando (ou vendo um detonado). Mas se tem uma coisa que eu me senti com raiva é que eu já sabia que teria que abrir aquela maldita porta. É de praxe: Se alguém manda você não abrir uma caixa, uma porta, um baú ou o que quer que seja, você VAI abrir, só pela curiosidade. A Pandora já fez isso com uma certa caixa...

Falando do jogo, o acabamento gráfico é de dar inveja. Terranigma usa muito do SNES em termos gráficos, o que torna o jogo uma obra prima. A perspectiva de visão top-down quando você está no mapa mundo é um ponto que cosiderei negativo e a unica falha no jogo de início, pois incomoda quando se inicia no jogo, mas com o tempo se acostuma.

A jogabilidade é outra coisa bem interessante, um sistema de batalha que permite ao jogador se mover livremente pelo cenário: correr, pular, atacar ou fazer tudo isso ao mesmo tempo!

Outro ponto bem interessante é a trilha sonora. Meu Deus, o que é aquela trilha sonora. Geralmente eu não gasto um centavo ou meu precioso tempo com trilhas sonoras, eu só 'perco tempo' com trilhas sonoras em momentos raros, quando eu percebo que a trilha está combinando exatamente com o jogo e de repente aquele conjunto de gráficos + jogabilidade + sons me faz parar só pra ouvir/observar aquela obra. A trilha sonora de Terranigma é incrível, combina perfeitamente com o jogo e se destaca.

Esse sim é um daqueles jogos com os quais você se orgulha de gastar o seu precioso tempo jogando (:
Recomendadíssimo.