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Final Fantasy X e o pecado que varre o mundo

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Estamos na época da Web Social e o mundo todo parece ter sido gamificado.  Final Fantasy hoje em dia esta aí no numero XIII (e ainda não tem o Versus!), existe a Live, a PSN... Toda essa evolução e transição de uma geração pra outra aconteceu muito rapidamente, e coisas que a gente nem imaginava, hoje existem (Kinect manda abraços e beijos) e são realidade. Voltando um pouco no tempo e indo até a geração PS2, vou falar aqui sobre o melhor RPG do console: Final Fantasy X.

Dados Técnicos
Lançamento: Julho de 2001 no Japão/ Dezembro de 2001 na América do Norte
Desenvolvedora e Publicadora: Squaresoft.
Número de jogadores: 1
 

O Pecado literalmente destrói vidas

O que você faria se de repente fosse mandado de sua dimensão para outro lugar totalmente diferente? E se tudo e todos que você conhece, parasse de existir? Num certo mundo, em uma época que parece ser bem avançada tecnologicamente, existe um monstro chamado Sin. Se traduzirmos literalmente, ele se chama Pecado, um nome bem... sugestivo. Esse monstro ataca a cada numero X de anos e sempre traz destruição e caos. Uma das vitimas da vez e o jovem Tidus, que tenta lutar, mas vê todo o seu mundo desabando diante da força do Pecado.
 
Como se a vida do rapaz já não fosse conturbada o bastante, depois do ataque do monstro ele acorda num lugar cheio de destroços, e é "resgatado" por uma raça que nem ao menos fala a língua dele. Após alguns acontecimentos, Tidus, o jovem que teve sua vida destruída, conhece Wakka, Lulu e Yuna, pessoas que fizeram a diferença na nova vida do rapaz.

A tecnologia é a praga

A mente humana busca explicação para qualquer coisa que ocorra, pois não aceita que algo possa ser ilógico.  Portanto, segundo as crenças populares, nenhuma arma pode ser usada, e quando Sin ataca nesta outra realidade também, ele não pode ser parado, pois o povo acha que o motivo do Pecado atacar o mundo e justamente o uso de poderio bélico. Ai surge o questionamento: como então o bicho pode ser destruído?
 
Ele não pode ser extinto, destruído, destroçado e qualquer outra coisa que signifique que ele foi totalmente varrido da face da terra, mas ele pode ser mantido longe por alguns anos, e depois torna a aparecer e aterrorizar. A única forma de manter as pessoas a salvo por alguns anos é sendo um invocador. O invocador é aquele que estuda em vários templos espalhados pelo mundo, e aprende a chamar os "Aeons", que ajudam a derrotar o Sin.

E, adivinha só quem é o invocador do grupo? Errou quem disse que é o Tidus. A invocadora da Party é Yuna, uma guria um tanto quanto tímida, mas muito poderosa por sinal, apesar de continuar frágil. Tidus começa a andar com Yuna e o restante do grupo, mas seu principal objetivo é achar alguma forma de ir para casa, mesmo que isso talvez signifique enfrentar o pecado cara a cara, chegando próximo a morte.

O mundo não é tão bonito assim

Hey, algumas vezes tudo pode parecer belo e cheio de vida, todo mundo alegre, soltando foguetes... Mas é tudo fachada. Se tem uma coisa que gosto nos jogos da Square e que mesmo sendo tudo bem linear, a historia tem uma profundidade e motivações tão convincentes que acabo me sentindo totalmente imerso naquela realidade. Os encontros aleatórios continuam a existir, mas até isso é explicado, e tem lugares nos quais cheguei em que tudo parecia tão feliz que sentia vontade de dar um tapa na cara das pessoas e dizer "Alooo, vocês não sacaram que o Sin tá destruindo todo mundo?". Só que um dos diálogos mais incríveis do jogo acabou me explicando que as pessoas não têm outra saída: eles perdem seus parentes, seus amigos... tudo! O Pecado causa a devastação de todos, mas se eles ficarem chorando, a vida não vai melhorar, o que eles perderam não será restituído, e a única esperança que eles têm é quando surge um invocador como a Yuna e promete varrer o Sin por alguns anos para que a população durma sem preocupações.
 
É por isso que, mesmo depois de tantas calamidades, é possível encontrar alguns personagens que tentam festar e encontrar a felicidade, mas no fundo sabem que, mais dia menos dia, suas existências serão apagadas do mapa.

Essa linda historia é cheia de reviravoltas e questionamentos sobre as motivações das personagens. O final também é digno de nota, fechando as pontas soltas e mostrando um enredo bem amarrado (e que, mesmo assim, teve uma continuação, que ta mais pra fanservice).

A jogabilidade e os gráficos

Quando consegui finalmente adquirir o jogo, fazia muito tempo que minha pessoa não tinha contato com um console físico, de mesa, e estava meio que desacostumado com o estilo da Square. A jogabilidade só falhou, em minha opinião, por não ter como pular. Às vezes me sentia como se faltasse alguma coisa, pois sem poder pular a movimentação é meio limitadas. Mas, e possível entender a lógica dos japoneses: quem diabos vai pular num RPG?

Agora, os gráficos sim são de tirar o chapéu. E as cenas que se passam no jogo então? O ritual de envio das almas feito pela Yuna e a coisa mais linda que aparece nas CGs, definitivamente. Muitas outras cenas também são de cair o queixo, e fazem jus a fama da Square de ser a mãe dos CGs animais.

No fim, a experiência como um todo de FFX é marcante, rica em detalhes que fazem a diferença e com diálogos bem construídos. Algumas personagens que não fazem a mínima diferença são rasas como colheres de chá Já outras personagens, são tão profundas que a gente se perde com tanta informação. Só que, de alguma forma, essa combinação faz com que tudo seja excelente.

Vale a pena tirar da aposentadoria um PS2 antigo, gastar uma grana e comprar FFX? Bastante. Você, leitor ou leitora, vai fazer um investimento melhor se comprar Final Fantasy do que comprar a milionésima modificação (pirata) de GTA San Andreas. Sim, ainda é bom aproveitar um jogo bem linear, só que bem construído e amarrado, como Final Fantasy X.

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