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O sucesso de Bravely Default serviu pra alguma coisa: a Square entendeu que todo mundo ama RPGs orientais

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Você certamente já ouviu falar de Bravely Default, não? Se ainda não ouviu, tenho um resumo básico: um jogo onde quatro heróis da luz se envolvem numa jornada para salvar o mundo, enfrentando milhares de batalhas aleatórias, e tem cristais no meio da história toda. E sabe o que mais? Ele foi um sucesso estrondoso de vendas no 3DS. Muita gente comprou, muita gente amou, e outra grande parte fez análises muito positivas em relação a ele.
Todo esse sucesso serviu para alguma coisa: lembrar a Square Enix que existem amantes de JRPGs no mundo todo. Não é necessário a empresa focar suas equipes de desenvolvimento em apenas um tipo de público. Na verdade, não há novidade nisso. Quando a Squaresoft, lá no seu longínquo início, fazia seus maravilhosos JRPGs, encantava com Seiken Densetsu e Final Fantasy. Do outro lado tinha a Enix com Terranigma, Dragon Quest e outros (a fusão das duas empresas não é algo que venha ao caso). Não eram raros os jogadores maravilhados com o capricho nos jogos, tanto é que, por exemplo, Super Nintendo e posteriormente o PS1, foram os consoles da era de ouro dos RPGs, principalmente os RPGs japoneses.



Depois disso foi raro ver RPGs que seguissem à risca aquela fórmula já antiga. O último do qual consigo me lembrar e que realmente foi bom se chama Lost Odyssey (um jogo focado em te fazer pensar que está vivendo uma grande aventura, que vai mudar o mundo, focado na narrativa, na exploração de alguns pontos, e absurdamente linear), uma obra prima de 2007 lançada para o Xbox 360, englobando todos os elementos básicos de um típico RPG japonês, e sabe por quem ele foi criado? Hironobu Sakaguchi, o idealizador de Final Fantasy.

MÃS, para a Square jogar RPG virou algo que ninguém gostava mais, então sempre tentaram colocar algumas coisinhas aqui e ali, perdendo o foco da essência. Há casos de sucesso, como Kingdom Hearts (e a minha expectativa de que Final Fantasy XV seja um jogo excelente também), e há o resto. Enfim, Yosuke Matusda, um dos chefões da companhia, disse em entrevista à Nikkei que a Square descobriu agora que pessoas de todos os lugares do mundo gostam dos RPGs Japoneses, e que a partir de agora a empresa vai se focar em fazer jogos que sejam intensos, que tenham todos os elementos necessários para se fazer um ótimo RPG tradicional.

E nós ficamos na torcida pra que a empresa perceba que não é necessária uma 'ocidentalização' só nos RPGs, mas nas franquias como um todo. Afinal de contas, quem não ficou irritado quando tiraram o visual bacanudo do Dante de Devil May Cry pra colocara aquele visual 'meh' para 'focar no público ocidental'? Pois é...

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