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Crônicas do Tio RD - FFTA Parte 1

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Bom, como publicado na semana passada, irei falar nessa nova edição das crônicas sobre Final Fantasy Tactics Advance. Esse jogo não tem ligação direta com o Tactics que saiu pro PS1, é bom deixar claro.
E antes de prosseguir um disclaimer: É IMPORTANTE QUE VOCÊ LEITOR OU LEITORA NÃO TOME ESTAS LINHAS COMO UM DETONADO A SER SEGUIDO. A EXPERIÊNCIA E ORDEM DOS ACONTECIMENTOS PODEM VARIAR DE UMA CAMPANHA PARA A OUTRA!!!
ALÉM DISSO, NÃO PRECISO LEMBRAR QUE O SPOILER VAI ROLAR SOLTO, NÉ?

Enfim, começando a aventura não vou me estender muito sobre os detalhes técnicos do jogo (Produtora e Publisher e outros detalhes), já que tudo isso vai ser resolvido no fim da campanha. MAAAAS, caso você não saiba, Final Fantasy Tactics Advance foi lançado para o GBA em 2003, e a ficha técnica completa vem só no último post da coluna.

Comecei a minha aventura na cidade pacata de St. Ivalice. Devo anotar aqui que apesar de pacata, St. Ivalice é fria pra caramba! Bom, primeiro dia na cidade, e entre os afazeres padrão está o de ir para a escola e me socializar.  Tarefa fácil, afinal de contas eu sou, né não?
A pequena cidade de St. Ivalice
Ledo engano. Já na escola se iniciaram os preparativos para o que seria uma partida de guerra de bola de neve (para aproveitar o clima da cidade :D). O professor me explicou como funciona o sistema de tática e movimentação. É bem simples: posso me mover de quadrado em quadrado (o famoso ‘tile’). Após me mover é possível executar alguma ação como atacar e/ou utilizar itens.
Tive que dar uma esticada na foto, mas eu sou aquele loirinho simpático ali o/
Durante a partida de guerra de bola de neve já deu pra conhecer umas pessoas. Não lembrei o nome de todos, apenas de um rapaz de cabelos castanhos (um tal de Mewt) e uma ruiva simpática chamada Ritz. Mas, bola de neve vai, bola de neve vem e de repente percebi que o alvo de todas as bolas de neve atiradas era o tal do Mewt. À primeira vista pensei que por ter HP baixo ele seria mesmo o primeiro eliminado, e é uma baita estratégia o grupo inteiro focar em atingir e derrubar uma pessoa de cada vez. Tava até pensando em fazer isso, até que os FILHOS DA MÃE DO OUTRO GRUPO TACARAM UMA BOLA DE NEVE COM UMA PEDRA NO MEIO Ò.Ó
Os miseráveis machucaram o Mewt, e quando eu ia intervir e chutar todo mundo por terem trapaceado, a ruivinha simpática Ritz saiu na frente e desceu a porrada nos adversários.
Ritz sendo amigável com os valentões
 A partir daí a coisa ficaria séria, não fosse o professor chegar e parar a baderna, ameaçando suspender a turma inteira. Os valentões já iam jogar a culpa na gente quando ele chamou todos eles pra diretoria e dispensou o resto. Fim de papo, hora de ir embora. De repente tive a ideia de chamar Ritz e Mewt para irem até minha humilde residência e jogar um pouco. Eles toparam, mas antes Mewt tinha que ir até a livraria pegar um livro que ele havia encomendado. Se passaram algumas horas e o pessoal apareceu em casa.
Interessante esse livro ae
Ritz e Mewt ficaram espantados ao verem o meu irmão, Doned. Ele é paraplégico e volta e meia temos de levá-lo ao hospital. Mas o espanto foi só de início mesmo. Logo meus novos amigos se acostumaram com ele, e abrimos o tal do livro. Era cheio de desenhos estranhos de monstros e criaturas até então desconhecidas. Sem falar nas escritas: tudo feito em uma linguagem que a gente não fazia ideia do que era. Cheio de coisas fantásticas e tal, o que nos levou a discutir sobre como seria legal se os jogos de videogames fossem a realidade. O Mewt falou que gostaria do jogo Final Fantasy ser o que regrasse a realidade. É uma ideia interessante, mas talvez não nos acostumássemos na prática. Imagina só sair na rua e dar de cara com uma porrada de lagartos e coelhos ambulantes, o quanto seria estranho. Mas tudo bem, terminada a conversa sobre essas coisas fantásticas o pessoal decidiu ir embora. Veio o sono, fui deitar, e quando acordei...
Ivalice virou o que aparece na foto acima. Prédios e casas sumiram, as pessoas na rua todas foram embora. Tipo assim, sumiu todo mundo e eu apareci totalmente diferente, vestido com outras roupas também. Fiquei bem parecido com um guerreiro.
Tirei uma selfpic pra colocar no Instagram depois *-*
E o pior nem foi isso. Foi ver todas aquelas criaturas fantásticas do livro andando ali, perto da minha pessoa. Eram lagartos, coelhos, cachorros, e todos se comunicando normalmente. Mesmo achando que aquilo ainda poderia ser um delírio meu ou pesadelo, resolvi entrar na brincadeira. Fui procurar pela minha família. Porque, poxa vida, meu irmão deve estar perdido por aí e eu não quero que algo de ruim aconteça com ele. E eis que durante a minha andança, dei de cara com um lagarto O.O'

A reação de espanto foi imediata, e pelo fato de eu ter chamado o lagarto de lagarto ele ficou muito bravo. Disse que ele não era lagarto coisíssima nenhuma, que eu ia ver só, mandou eu me resumir à minha ignorância e ainda mandou eu beber leite porque não aguentaria uma contenda. Aí eu fiquei com medo. Com raiva, mas com medo. O lagarto era acompanhado por outro, e eu não tinha pra onde correr. A surra seria certa. Me ajoelhei, comecei a rezar e esperei pelo pior. Mas eis que um coelho (sim, um coelho) surge do nada e diz "Hey, Kupó, então era aí que tu tava?". Eu achei que ele tava falando com o sr. Lagarto, mas era a mim que dirigia as palavras. Entrei na brincadeira e respondi "É sim, eu tava batendo um papo aqui com o sr. Lagarto e o amigo dele, mas os dois ficaram bravos do nada". O coelho ficou pálido O.O'. Já na lata respondeu "Kupó, eles não são lagartos não, são bangaas." Eu lá ia saber o que era bangaa, mas os tais ficaram bravos e nos desafiaram pra uma luta. Eu já ia correndo, mas o coelho aceitou o desafio.
Aí o quiprocó estava armado. O cara aceitou o desafio dos dois lagartos, e eu era o motivo da briga, então teria que ajudar. Mesmo sem saber o que fazer, era lutar ou lutar. O pau ia quebrar, eu já me sentia o próprio Stallone, ainda mais com o meu uniforme. BUT, surgiu um juiz, DO NADA! Montado num pônei o tal do juiz veio para observar a batalha e aplicar as regras. Que regras? E eu lá ia saber que regras eram? Mas o tal do coelho me indicou as coisas. Ele disse que cada contenda, ou 'justa', é analisada por um juiz, que aplica as regras vigentes que dependem de cada dia. Em determinados dias é proibido utilizar espadas, em outros é proibido utilizar os punhos e deve-se usar armas. No caso, a batalha na qual nós estávamos proibia a utilização de itens. Também foi explicado o esquema de movimentação, bem parecido com o usado no começo da minha jornada, na guerra de bola de neve. Calculei que o juiz também servisse pra analisar isso e ver se ninguém andava um tile a mais do que o permitido.
Iniciada a contenda, era hora de mostrar a que viemos. Era porrete pra cá, porrada pra lá. Nunca vi uma luta mais feia, até que o tal do coelho sacou um bastão e PAM: ELE LANÇOU UMA MAGIA DE FOGO O.O. VÉÉÉÉÉI, UMA MAGIA *--------*. De repente a coisa mudou de figura. Um dos lagartos foi derrubado, e o outro estava quase sendo liquidado também. Mas aí, o lagarto restante, e que foi o que me encarou, usou o tal do item. Ele usou uma poção pra tentar se curar dos ferimentos, mas aí o juiz saltou pra cima dele e ergueu um senhor cartão vermelho e o lagarto desapareceu. Aquilo foi demais! Só que fiquei espantado, afinal de contas, o cara desrespeitou a regra e sumiu. O coelho me disse que, ao desrespeitar uma regra você pode tomar dois tipos de cartões, sendo que eles são o amarelo e o vermelho. O amarelo funciona como uma advertência, e se você repetir o mesmo ato e tomar um outro, leva um vermelho. O vermelho te manda para a prisão. Ele é usado geralmente em casos graves de desrespeito, e quando te manda para a prisão, você tem que cumprir N dias de sentença ou mesmo pagar uma grande quantia de dinheiro como fiança. Me pareceu razoável.

Enfim, seguindo com a jornada, fiquei sabendo que o nome do coelho que me salvou era Montblanc. E ele não é um coelho, e sim um Moogle. Montblanc me perguntou de onde vim, e eu disse que vim de St. Ivalice, e estava tentando voltar pra casa. Ele me disse que era inútil, porque eu já estava em Ivalice, mas não na cidade, e sim no país. Eu olhei com aquela cara de "COMO ASSIM? O.O", incrédulo. Mas, depois de um tempo de conversa, decidi acreditar na história do cara, e ele me ofereceu ajuda pra procurar minha família e amigos e voltar pra casa. Ainda fui convidado a entrar em um clã pra ganhar uns trocados fazendo alguns trabalhos enquanto continuava minha busca. Achei justo e aceitei. Mas havia um pequeno problema: falta de nome do clã. Montblanc me deixou fazer as honras, e achei por bem nomear o clã de Traveller, já que nesse mundo eu sou um viajante em busca do caminho de volta pra casa. 
Olha a galera do clã ae
E agora, após essa transição para um outro mundo, onde não conheço ninguém, restam as perguntas: para onde vou? O que aconteceu? Será que vou encontrar o caminho de volta? O que vai ter pro almoço? E meu irmão, será que ele está bem? São muitas perguntas, a maioria sem definição ainda. E as respostas, espero obter nos próximos capítulos desta jornada.

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