Ao alto e avante o/

Iwata sobre preço dos jogos digitais: "Nós queremos que os consumidores valorizem o software o máximo possível"

Nenhum comentário
A Nintendo parece ter a mania de remar contra a maré. É uma empresa que foca num nicho e se fecha em sua própria bolha de consumidores e regras (Apple, é você?), e continua fazendo o que faz porque sabe que vai vender e ter lucros. Isso é um fato.

Vez por outra a empresa parece levar em conta algumas tendências do mundo na hora de fazer seus consoles e colocar acesso à rede neles (e mesmo assim continua contra a maré muitas vezes. Sim, alô pra você que usa Friend Codes ;D). MAS, uma das atitudes mais questionadas da Nintendo é o fato de lançar jogos digitais que custem o mesmo que suas versões físicas. Sim, eles tem essa política. Até hoje muito se especulava, muitos falavam que era a Big N conhecendo o meio digital e apenas testando, outros diziam que a empresa não queria desagradar os lojistas que vendem cópias físicas de seus joguinhos. No fim das contas, não é uma coisa nem outra.


Em entrevista ao Gamespot, Satoru Iwata, presidente da gigante japonesa, diz o seguinte sobre o preço de seus joguinhos digitais: “Nós decidimos que, desde que os conteúdos sejam os mesmos, a companhia oferecerá os softwares no mesmo preço, seja na versão com embalagem ou na digital. Isso acontece porque nós queremos que os consumidores valorizem o software o máximo possível, e porque nós estamos tentando aumentar o valor do software sempre que o produzimos”.

Ou seja, Iwata está dizendo aos fãs: "Hey, galerinha, vocês tem que pagar o preço que o software vale, na nossa opinião. E sabe o que mais? O conteúdo dele vale o preço que nós estipulamos. Sem choro, por favor!" E ele está errado? De jeito nenhum. Tanto é que mesmo as versões digitais custando o mesmo preço das físicas, elas vendem. Tanto é que Pokémon X & Y, um dos mais recentes lançamentos da empresa, vendeu cerca de 4 milhões de cópias nos primeiros dias, e uma boa parte dessas cópias é digital. Iwata diz que os consumidores percebem as conveniências como a facilidade de sempre carregar os jogos por onde quer que vão, sem se preocupar em perder as cópias físicas. É um outro ponto a se levar em consideração, e voltando a Pokémon, vou lembrar de que no lançamento feito aqui em terras brasilis, faltavam cópias físicas disponíveis, e quem queria garantir a sua edição tinha que comprar a versão digital.

Enfim, essa é a estratégia da Nintendo: não cobrar pouco pra que o jogador entenda que o software adquirido por meio digital tem o seu valor, mesmo que não venha com uma bela caixinha e um manual explicando tudo nos mínimos detalhes. Certos ou errados, eles tem conseguido o que querem.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Deixe seu comentário (;