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Análise: Terraria e seu quase infinito mundo

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Já entramos na oitava geração, a da continuidade. Mas, é claro, o espírito da sétima continua aqui e surgem as listinhas, além de retrospectivas, de que lições que ficam pra próxima e também o que dominou anteriormente. Se me perguntassem sobre o que foi a sétima geração de consoles, eu diria que foi sobre momentos. Sim, momentos. Por volta de 2006 houve o momento dos MMOs, depois o momento dos FPS, aí então o momento dos MOBAs (ainda rola, creio eu), e também o momento de Minecraft e os jogos de exploração que vieram depois dele. Foi uma geração longa, e houve vários jogos que quebraram paradigmas. Hoje eu falo de um jogo que, em pleno século XXI, parecia mais um clone e provou ser exatamente o contrário. Senhoras e senhores, lhes apresento Terraria.



Dados Técnicos
Lançamento: 16 de Maio de 2011
Developer/Pulibhser: Re-Logic 
Gênero: Plataforma, Aventura
Número de Jogadores: 1
Plataforma(s): PC, XBox 360, PS3 e plataformas móveis


Introdução

É quase impossível falar de Terraria sem citar o nome de Minecraft, principalmente porque o jogo analisado hoje é considerado um Minecraft 2D, e realmente há algumas semelhanças entre eles, mas cito o nome do jogo do Notch aqui apenas pra não ter que tocar nele nas próximas linhas. Aliás, antes de continuar, devo dizer que nunca me animei com a ideia de jogos que jogam tudo em suas mãos e te dão o poder de construir ou destruir sem um limitador. Isso pode transformar as coisas em uma zona em questão de segundos, mas resolvi deixar o preconceito de lado ao jogar Terraria, e realmente a experiência foi interessante.

Pontos Positivos:

A jogabilidade de Terraria é um fator muito positivo. Como um bom jogo de exploração, ele te dá a possibilidade de coletar várias coisas e combiná-las para construir itens específicos (uma espada, uma mesa, um tijolo, e por aí vai). Um exemplo do qual posso escrever é a construção de tochas. De início há apenas uma tocha comum, que pra fazer é necessário juntar gel (obtido derrotando Slimes) e madeira (preciso dizer como se obtém madeira?). Quando se obtém blocos de gelo é possível fazer um outro padrão de tocha, a tocha com a chama azul (utiliza-se a tocha comum e o bloco de gelo), e quando se consegue a pedra ametista é possível fazer uma tocha roxa, e por aí vai. Assim funciona com basicamente todos os outros itens, podendo construir espadas, armaduras e outros dessa forma, além de ser possível criar alguns 'sistemas' dentro do próprio game, dinamizando tudo. Se você for daqueles que decide explorar o jogo a fundo, praticamente não vai se esgotar de Terraria. A complexidade do que se pode fazer é enorme.
Os eventos. Tornam tudo mais divertido e acontecem vez por outra. São, eu diria, interessantes e valem ser aproveitados.
Os gráficos seguem aquele lindo esquema que remete aos 16 bits. Não quer dizer que são mal feitos. É tudo bem trabalhado e não há inconsistências dentro do que o jogo se propõe.
A variedade de inimigos. Quem fica apenas na superfície chega a pensar que Terraria se limita a Slimes, Demon Eyes e Zumbis. Ao explorar o jogo e ir para camadas mais profundas (e também conseguir certos itens para liberar alguns chefes) são encontrados mais inimigos, que são muuuito chatos, diga-se de passagem, e é essa dificuldade que torna tudo mais divertido.
•Outro ponto positivo é o gerador de mapas. Eles são sempre gerados de forma aleatória, mas há opções de tamanho (mundo pequeno, médio ou grande), e existem variados biomas a serem explorados. Nas comunidades dedicas ao jogo ainda é possível encontrar ferramentas que permitem a edição dos mapas pra criar mundos e fazer artes iguais a de outros jogos. Os mundos são quase infinitos no que tange à exploração.

O multiplayer. Devido admitir que, jogar Terraria no modo multiplayer (cooperativo) é muito divertido. Sair de galera para exploração torna a aventura mais interessante e ela pode também ficar mais difícil ou fácil, tudo depende de com quem se joga. As possibilidades e estratégias praticamente dobram quando se joga em conjunto (o Mark que o diga!).

Pontos negativos:

Os bugs. Não raramente acontecem, e nem sempre dizem respeito à jogabilidade em si. Minha pessoa por exemplo sofreu com um bug chatíssimo que fazia o jogo fechar toda vez que era minimizado. E não dava pra burlar. Um Alt+Tab ou Shift+Tab resultavam na mesma mensagem de erro e o jogo dava crash quase que de forma automática, o que muitas vezes me frustrou, já que tenho o costume de explorar por um tempo e geralmente não salvo o que há no inventário nem minhas modificações no mundo quando não vou sair em definitivo, e não foram raras as vezes em que o bug aconteceu.
A trilha sonora. Apesar de relativamente boa, a trilha sonora se torna enjoativa com o passar do tempo. Os efeitos são bem bolados, aparecem nos momentos certos, mas a música realmente começa a incomodar pela falta de variedade. E, convenhamos, ficar explorando um mundo gigante com aquela musiquinha de sempre tocando na sua cabeça não é legal. Não foram poucas as vezes que desliguei as caixas de som ou mesmo sintonizei alguma rádio, um podcast ou algo do gênero. E sabe o que é pior ainda? Desligar a trilha sonora não quebra a experiência como um todo. Ouso dizer que, se o jogo não tivesse músicas, não faria diferença alguma (levando o fator enjoo em conta).

Concluindo:

Terraria é o tipo de jogo que vale a pena comprar. Não apenas em promoções na Steam (ou qualquer outra loja que você prefira para comprar seus joguinhos na versão digital ou física), mas também em seu preço cheio. Geralmente o preço dele normal é cerca de R$ 16,99, mas no momento desta postagem Terraria pode ser comprado por R$8,49 na Steam. É um preço justo se levarmos em conta que: 1) é um jogo de 2011 e 2) seu gameplay é quase infinito quando se decide explorar tudo que ele oferece (atenção você que só quer se divertir de vez em quando, também vale o investimento). Se eu tivesse como costume quantificar a minha experiência através de notas, diria que Terraria é um jogo nota 8,5. Numa geração que viveu de momentos, foi um dos jogos que acabou sobrevivendo a eles e até hoje é popular. Claro, logo será deixado de lado, tendo em vista que seus criadores planejam uma continuação, e há um outro jogo que está em fase beta ainda (alô Starbound) e tem chamado muita atenção, gerando comparativos e mais comparativos

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