Ao alto e avante o/

Crônicas do Tio RD - FFTA Parte 5

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Buenas leitores e leitoras, mais uma semana, mais um post da coluna/série. A aventura prossegue, mas antes alguns recadalhos:
•Último post do ano. Sleopand, apesar do ritmo mais lento (mesmo assim estamos na ativa) das últimas semanas, vai dar uma desacelerada. Vão sair alguns posts de reviews e outras coisas, e tem um especial vindo por aí (sai até o fim da semana. Ou não). A programação normal voltará lá pelo dia 20 de janeiro, e teremos novidades (ou não).
•Não, não é mentira, este post saiu até antes do dia combinado originalmente (até que enfim. E saiu antes pra compensar a falta que houve na semana retrasada, agora acho que estamos em dia). E mesmo com a desacelerada de final/início de ano, a coluna se mantém nas próximas semanas (agora que eu engatei na aventura, não paro tão cedo).
•Ah sim, comecei a fazer um especial com o mapa de Ivalice e algumas dicas para quem quiser iniciar a jornada pelo país. Este especial vai ter atualizações cada vez que surgirem novas localidades no meu mapa, e a cada revisão vou atualizar os links (não sou do GameFAQs, mas creio que talvez uma ajuda e dicas não vão machucar), mas não esperem atualizações a todo vapor, já que o conteúdo será bem mais elaborado, o que leva geralmente mais tempo. Além disso, o especial vai vai ser publicado a partir da próxima postagem.
Enfim, vamos à aventura da semana!



Na semana passada os viajantes do clã Traveller quiseram parar pra farmar. Após arrebentarmos o clã Borzoi, nos demos de cara com monstros ensandecidos por algum motivo que não era aparente. Mais uma dúvida surgiu em meio a tantas já existentes. Se você quer saber mais, volte uma página.

Atualmente...

Lembram quando eu havia dito que suspeitava que logo encontraria o motivo (ou os motivos) para os monstros de Ivalice terem enlouquecido de vez? No meio das andanças do clã Traveller, reviramos lugares, caçamos fugitivos (um tal de Dolce, inclusive, que estava dando muito trabalho para os juízes), e ouvimos rumores. O primeiro deles dava conta de que alguns cristais mágicos criados pela realeza estavam afetando o comportamento da natureza (o que engloba animais, monstros e tudo mais). Seria isso verídico? Resolvemos investigar.

Após mais algumas missões e embates entre clãs (ainda estamos farmando para o futuro, vale anotar), sobrou apenas uma missão para que nós fizéssemos. No pub estava a seguinte descrição:

"Senhores, senhoras, ou a quem interessar possa,

de uns dias pra cá, venho tendo dificuldades para atravessar o Ulei River (rio de Ulei). Por vezes fica tudo nublado, não consigo enxergar um palmo diante do nariz. Tenho medo de que monstros estejam à espreita da minha pessoa, ou algo pior esteja ocorrendo por lá.

Grato a quem conseguir desvender o mistério,
algum morador de Ivalice."

Não estava dando atenção, já que neblina é algo comum. Pode ser devido a época do ano, sei lá. MAAAAS, como eu já estou num mundo mágico onde coisas estranhas acontecem o tempo todo e falaram de mistério, o clã Traveller foi bravamente verificar. A primeira impressão que tivemos foi de que o local era comum. Não havia névoa ou algo que atrapalhasse o nosso trânsito por ali, mas mesmo assim continuamos no lugar. E devo dizer, que azarado que eu sou! Quando estava prestes a sair de lá, senti um calafrio. Me virei e nada. Fui sair e novamente a mesma situação. Até que o que parecia ser um portal apareceu no meio do Ulei River.
E de repente...

EU FUI PARAR NUMA SALA COM UM CRISTAL GIGANTE O_O'. DO NADA EU ESTAVA LÁ. PQP!!!1!!

Ok, eu vim parar no mundo de Ivalice do nada também, mas agora eu estava acordado e fui transportado pra um lugar em que só havia um cristal e nenhuma saída. Mas que coisa! Resolvi averiguar, tentar tocar o cristal pra ver se saía de lá, voltava pro rio e depois me mandava pro pub, pra me esconder debaixo de uma mesa e não sair mais. Só que a parte assustadora na verdade nem havia começado, até eu tocar o cristal. Uma voz misteriosa surgiu do nada e me dizendo "Se identifique, ó profanador do solo sagrado. Diga seu nome, seu mal acabado!". Me arrepiei ao ouvir aquela voz grave rimando, mas depois fiquei irritado ao ouvir a última parte da frase, a parte que mais doeu 'seu mal acabado'. COMO ASSIM ME CHAMAM DE MAL ACABADO? Epa epa epa! Eu surgi assim do nada, apareci com aquela roupa, mas mal acabado eu não sou! Saquei a espada da bainha, estava correndo pra acabar com aquela porcaria de cristal insolente, e do nada me aparece um bicho gigante!

Ele se identificou como Famfrit, um totema (e o que é um totema? Não faço ideia. Talvez um dia eu vá descobrir). Disse que eu não iria me apossar do cristal de forma alguma, que eu ia ver só com quem estava lidando e gritou mais uma porrada de desaforos. Eu já tava pedindo desculpa e indo embora quando o filho da mãe invocou alguns monstros pra ajudar na batalha. Não tinha jeito, o clã Traveller fora desafiado a uma contenda que duraria até a morte (independentemente do lado), não havia fuga de forma alguma, e lá fomos nós para o que poderia ser a batalha de nossas vidas.

A nossa formação era composta por Loretta, a viera esgrimista (ela faz parte da elite do clã, mas vive em missões de despache, completando geralmente as mais perigosas, então foi sorte ela estar entre nós), Chibot, o guerreiro humano (um dos melhores, também faz muitas missões de despache), Hoffman, o bangaa guerreiro (tem o maior dano dentre os membros do clã. Esse aí salva todos os lagartos!), Chaucer, o Nu Mou que dá suporte sendo White Mage, Montblanc, meu amigo Moogle que a princípio seria um Dark Mage mas depois o transformei em Thief (manhas para ganhar pontos e habilidades nos jobs. Mais pra frente eu vou explicar), além da minha pessoa, que a princípio trabalhava como guerreiro e agora estou sendo um paladino (também são manhas de ofício para liberar habilidades novas). Enfim, começamos a batalha, que foi muito difícil aliás. Um dos monstros escolhidos por Famfrit para auxiliar na batalha contava com a habilidade Roullete. Essa maldita habilidade escolhia um guerreiro aleatório no mapa e ceifava a vida do coitado sem chance de defesa. Se utilizado dela, o monstro levou dois dos nosso pro buraco em duas rodadas consecutivas: foram derrubados o Chaucer e a Loretta. Assim sendo, tratei de utilizar itens para recobrar a consciência deles (não estava infringindo regras e, vale notar, mesmo sendo em um local tão inusitado, havia um juíz lá para acompanhar a batalha e aplicar as leis! Ele só não serviu para nos dizer onde estávamos). Logo após a recuperação de nosso membros, o inimigo com a habilidade mais perigosa foi neutralizado, já que utilizamos da estratégia primária de focar em um alvo principal e derrubar cada membro do grupo inimigo de forma sequencial.

Deu certo, apesar dos pesares. Os monstros foram relativamente fáceis, mas o Famfrit deu muito trabalho. Com a habilidade de retirar metade do HP adversário à distância e um golpe direto que tinha um dano ridiculamente alto, o gigante totema foi quase impossível de se derrotar. Ele derrubou nossos guerreiros várias vezes, mas lá estava Chaucer dando suporte a todos, evitando que o clã Traveller fosse derrotado. E assim se seguiu a batalha, até que nós conseguimos esgotar os quase 200 pontos de vida de Famfrit. Deu muitíssimo trabalho, e foram gastos milhares de combos da minha parte (nenhum dos meus colegas aprendeu tal habilidade ainda) até que o gigante encontrasse o chão. Após nossa vitória e um estrondoso som de queda, Famfrit disse suas últimas palavras. Segundo ele, os cristais formam a linha que liga o mundo de Ivalice. Ele ainda disse que a fonte de poder dele são "Os Brancos", que no meu ver seriam os Moogles de Ivalice. Disse também que, se permitissem, ele daria suporte a todos os Moogles de nosso clã, e em seguida desapareceu.

Após isso, a voz grave que conversava comigo antes da batalha disse o a seguinte frase: "Quando a linha desaparecer, este mundo também irá...", e depois o silêncio reinou no local. Antes que o portal me transportasse de volta à minha dimensão, juro a vocês que vi Mewt.

Ele estava vestindo uma roupa engraçada, nem parecia aquele guri desajeitado que estudava comigo. Até porque, mesmo desajeitado, ele estava vestindo itens que pareciam da realeza, mas logo após essa visão eu fui transportado de volta até Ulei River.

Logo depois, descobri a cidade de Cadoan. Um novo local para encontrar missões e comprar itens. Menos mal. Ou era o que eu pensava. Ao chegar no pub da cidade ouvi rumores de que o palácio teria tornado as leis mais rígidas (isso devido a alguém ter destruído um dos cristais reais). COMO ASSIM? JÁ NÃO BASTAVA ESSES MISERÁVEIS USAREM LEIS RESTRITIVAS O BASTANTE, AGORAM ESTAVAM FICANDO MAIS SEVERAS AS LEIS?
Apesar dos meus protestos de indignação, nada iria mudar isso. Mas, explicando o novo sistema: ao invés de ser proibido um item por dia, agora são proibidos dois! Sim, dois! Acho que nunca me aprofundei bastante neste sistema de leis, mas ele funcionava da seguinte maneira: quando um item é proibido, o seu oposto é permitido e até incentivado. Simplificando, quer dizer que há dias em que utilizar uma magia de gelo te rende um belo cartão amarelo ou vermelho, mas neste mesmo dia em que utilizar gelo é proibido, se um mago utilizar magia do tipo fogo, ele ganha um Judge Point (Ponto do Juíz, ou Ponto Justo se eu tivesse levado o espanhol como base e traduzido dele), que é aquele ponto que se ganha quando derruba alguém na batalha (e ele possibilita realizar combos). Com leis mais rígidas, siginfica que dois itens são proibidos a cada dia. Ou seja, as vezes no mesmo dia é proibido utilizar espadas e itens (potions, Phoenix Tail e outros) em batalha, e por aí vai.

Enfim, o descontentamento com essa medida da realeza era geral. Mas, passeando por Cadoan, ouvi rumores de que havia um cara, chamado de Ezel, que podia utilizar algo chamado de AntiLaw (ou Anti Lei, se for traduzir). Segundo o que diziam na cidade, são cartões que rebatem os cartões dos juízes, e assim é possível permitir a utilização de um item que havia sido proibido.
Não era a toa que os rumores davam conta de que ele estava sendo procurado pela guarda real inteira, e qualquer aparição dele deveria ser anunciada, pois quem fosse conivente com o meliante iria para o xilindró junto dele. Fiquei curioso pra conhecer o tal do Ezel, mas um Nu Mou de roxo que estava perto de mim, disse que ele era um cara muito ocupado e raramente visto. Desanimei na hora, mas decidi que quando houvesse tempo, iria procurar esse cara, pra bater um papo, descobrir como ele conseguiu furar as leis reais e também ver se ele sabia de alguma dica que poderia me levar de volta pra casa (afinal, o cara que sabe burlar a matrix pode muito bem saber como você pode sair dela). Continuamos em busca de missões, e ao resolver passar uma noite em Cadoan, encontramos Ezel, finalmente.


Ele estava sendo ameaçado por um grupo caçador de recompensas (nada muito diferente do nosso clã, admito), que tentava prendê-lo para ganhar uma bela grana. Como a minha curiosidade era imensa e eu gostaria de falar com este ser, decidi proteger o rapaz.
Vale deixar claro que eu fiquei surpreso ao descobrir que o Nu Mou de antes era Ezel. Essa batalha era pra ter sido árdua. Sim, era. Montblanc aprendeu um ataque novo, com o nome de "Totema". Por curiosidade, pedimos pra que ele usasse o bendito ataque novo. Todo mundo ficou de queixo caído com o que aconteceu em seguida: ao longe apareceu Famfrit, o totema que derrotamos anteriormente, e ele lançou rajadas de poder no campo de batalha, derrubando um por um dos nossos inimigos.
Este é o Famfrit, todo resplandescente pronto para ajudar o/
 Aí eu fui entender o que é um totema, e fiquei maravilhado com as possibilidades desse novo ataque apelão que pode salvar as nossas peles a qualquer momento. Batalha que se acaba, já pensávamos que o sossego viria, mas apareceu o grandioso Judgemaster. Ele é conhecido por ser o melhor juiz e, além de tudo, o chefe deles. Dizem que serve diretamente ao palácio de Ivalice, e fiquei ainda mais abismado quando percebi que o Judgemaster se tratava de ninguém menos que Cid, o pai do meu amigo Mewt. Pensei em perguntar como estava Mewt e bater um papo, mas desta vez parecia que eu não estava ao lado da lei (e não estou ainda. Afinal, era por isso que estávamos procurando por Ezel, pra ver se ele nos ensinava a burlar leis como dizem que ele faz). Cid usou um cartão que ele chamou de Advanced Law, mas Ezel rebateu com um outro cartão (me senti no meio de um duelo de Yu Gi Oh) que revertia a lei. Conseguimos escapar, deixando Cid com cara de cachorro sem dono, e de quebra eu ganhei alguns cartões Antilaw. Ezel me disse que estava abrindo um local para troca de cartões, me indicou em que parte de Cadoan ele se localizava, e disse pra eu fazer visitas de vez em quando.

Após isso, deveríamos começar a descansar. Nosso clã começou a se tornar mais e mais parte da elite, e os trabalhos não pararam de aparecer. De repente, estamos com praticamente 20 membros, alguns de alto nível, outros de nível baixo (venhamos e convenhamos, não há como utilizar todos nos combates), mas Montblanc me deu uma ótima ideia: já que somos os veteranos e estamos tentando descansar, além de mandar alguns membros para missões de despache, começamos a nos abster das batalhas e utilizar os membros mais novos nelas. Praticamente matamos dois coelhos com uma única cajadada: os mais inexperientes começavam a levelar, e nós, os principais, tiramos um descanso.

Entre nossas andanças, um dos nossos membros ouviu rumores sobre uma chuva de diamante. Achei que poderia ser algo em relação aos cristais que eu tanto buscava, mas ao chegar no lugar era uma chuva comum. Ainda assim, o trabalho do clã Traveller não para. Ouvimos rumores de que um vulcão estaria em atividade, e lá fomos nós para verificar o que estava acontecendo. Como nosso clã é bem servido de Dark Mages, facilmente poderíamos congelar o vulcão e manter as pessoas a salvo nos arredores (sim, estaríamos indo contra a natureza e blá blá blá, mas vidas estão em jogo, pessoal!). Ao chegar no vulcão, tive novamente aquela sensação de quando passei por Ulei River.

Um novo portal se abriu, e de repente nos vimos em uma sala com outro cristal gigante.

Não parecia haver um totema protegendo o lugar, e eu tinha que destruir o cristal, já que parece ser o jeito de me levar pra casa. De repente surgiram vários pequenos cristais a serem destruídos. Eles estavam ao redor do maior, e parecia que o trabalho todo ia durar uma eternidade, mas Montblanc pediu a ajuda do Famfrit mais uma vez, e os cristais foram abaixo. Agora quem conta com o totema também são os Nu Mou do clã, mas nenhum deles tem JPs suficientes para convocar a ajuda de um por enquanto, então não sei como funciona o totema que ajuda eles (não deve ser o Famfrit, deve ser um outro, já que eles conseguiram o totema após a destruição deste segundo cristal). Enfim, mais um cristal destruído. E, antes de voltar para o vulcão, eu vi Mewt novamente.

Ele parecia transtornado, dizendo pra si mesmo coisas como "Não me faça lembrar disso!" e "Minha mãe está viva. ELA ESTÁ VIVA!".

Foi realmente triste assistir aquilo, até que a imagem dele se desfez. Sabe, eu ouvi falar que em Ivalice o príncipe é ele. E além disso, existe uma rainha, que provavelmente é a mãe dele. Não precisa ser gênio pra juntar os pedaços do quebra cabeça e descobrir que Ivalice no estado em que está é um mundo criado por Mewt, de alguma forma, e aqui os desejos dele se tornam realidade. Parece que a cada cristal destruído as forças dele são diminuídas, e isso machuca meu amigo de uma certa forma que é triste, já que no mundo real a mãe dele está morta e o pai dele não tem uma das profissões mais famosas, apesar de ter um trabalho digno. Em St. Ivalice Mewt é um garoto comum, mas em Ivalice ele é o príncipe, manda e desmanda. É egoísta ele querer viver em um mundo onde tudo se curva à vontade dele? Sim, é. Mas eu também sou um egoísta. Mewt é feliz aqui, Ritz é feliz aqui, o meu mais recente amigo, Montblanc, também é feliz aqui (é o mundo dele, afinal), e eu quero acabar com tudo e voltar pra casa só porque não estou contente com este mundo no qual não nasci e estou sendo forçado a me habituar. Sou tão egoísta e hipócrita quanto Mewt, mas eu não posso deixar os meus amigos viverem em uma ilusão. Não é disso que se trata a vida, a vida é sobre você encarar todos os seus problemas, vencer as adversidades, se reunir com os amigos e jogar um videogame de vez em quando. Enfim, ser feliz! E não creio que um mundo cheio de fantasias funcionando da forma que uma única pessoa deseja, possa trazer a verdadeira felicidade.

Agora mesmo eu posso puxar o exemplo do Ezel. Para se satisfazer, Mewt deixou as leis mais rigorosas. E tem gente em Ivalice que sofre com isso, clãs que lutam pela sobrevivência estão sendo amordaçados por leis cada vez mais injustas, e isso não pode acontecer! Eu sinto muito, mas se para equilibrar todas as coisas novamente eu tenho que destruir o mundo do meu amigo, é assim que vai ser.

Tem mais...

Voltando para a pousada em Cadoan (cedida gentilmente por um amigo de Ezel), ouvimos um grito de socorro. Era Ritz, caindo em uma situação difícil. Resolvemos ajudar o clã dela, e ela agradeceu a chegada dos reforços.
Pensei em comentar com ela sobre o que havia descoberto, mas ela já havia deixado claro que não estava do meu lado em relação a voltar para o mundo normal. Então continuei seguindo meu caminho, com a certeza de que, na próxima vez em que encontrar com Mewt, as coisas vão ficar mais sérias do que já estão.

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