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The Lion King e como a Disney sabe fazer a magia

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Ano novo, vida nova... jogos velhos! Levanta a mão aí e atire o primeiro .exe quem não tem aquele jogo de infância que nunca conseguiu zerar. Nem precisa ser por dificuldade ou pelo jogo ser longo demais, mas talvez pela falta de vontade mesmo (preguiça?) ou qualquer outro fator aleatório que possa interferir nas jogatinas.
Isso é viver, é aprender... Hakuna Matata!♫♪
Um jogo que sempre foi uma frustração pessoal minha por não ter zerado é The Lion King, do Super Nintendo. Lembro que quando eu era pequetucho, assisti o filme num desses cinemas móveis da vida, e ficou marcado até hoje na memória. Algum tempo depois conheci o jogo que, para minha tristeza, não pude zerar durante a infância. O cartucho era de um amigo, e minha família estava perto de mudar... Enfim, a história não teve um final feliz em se tratando de finalizar o game.

Felizmente existem os emuladores, que permitem a nós, jogadores, relembrarmos e jogarmos os jogos das gerações passadas dos consoles. E foi assim que finalmente retornei a The Lion King, jogo de se finalizar em uma só sessão.
Dados técnicos:

Fabricante: Virgin Interactive / Westwood Studios
Gênero: Aventura
Ano de lançamento: 1994

Número de jogadores: 1


O Rei Leão é um grande clássico da Disney, lançado no ano de 1994 e fazendo um sucesso estrondoso nos cinemas. Como toda obra da Disney naquela época, é lógico que logo chegaria uma adaptação do longa para os video-games, e nem demorou muito: em outubro do mesmo ano, a Virgin Interactive, em conjunto com a Westwood Studios, lançou The Lion King para Super Nintendo e Mega Drive.

Seguindo a tradição...

Todos sabemos que a maioria dos jogos de franquias da Disney na era dos 16 bits são considerados mágicos. Era de se esperar que The Lion King seguisse a tradição, e foi isso o que aconteceu. Trazendo nada mais, nada menos, do que 10 fases retratando a jornada de Simba (6 fases na como filhote e 4 como adulto) e cerca de mais duas fases bônus com Timão e Pumba (não agregam na história, são apenas minigames de pegar insetos, mas a jogabilidade é ótima). É sempre aí que eu paro, penso e chego à seguinte conclusão: "Alguém da Disney só pode ter feito algum pacto ou coisa do gênero", pois, afinal de contas, é humanamente impossível acertar tanto num jogo só!
Os cenários são muito bem desenhados. Aliás, o jogo todo é muito bem desenhado, tem aquele aspecto de desenho da Disney que deixa tudo mais bonito. Cada cenário parece tão cheio de vida, com tantos detalhes... E as paisagens de background são as melhores. É tudo muito natural.

Bem feitos também são os inimigos, que também não são muito variados. Eles vão desde insetos até Hienas (e, na fase adulta, até alguns guepardos), e na fase filhote a melhor opção é desviar deles (ou usar o rugido para amedrontar insetos e depois pular em cima deles). A trilha sonora entra pra categoria "de chorar o coração", de tão bem feita que é. Não só as musicas, mas também os sound effects e as vozes (sim, há vozes em pouquíssimas partes do jogo, apenas para ilustrar algumas passagens) se encaixam perfeitamente bem no game, construindo a experiência de jogar The Lion King.

E o enredo, tem uma narrativa detalhada?

Definitivamente, se você procura em The Lion King algum traço de história mais aprofundada ou algo assim, esqueça, pois não vai encontrar. O jogo foi desenvolvido para quem viu o filme, já sabe a história e quer apenas se divertir e ter uma experiência a mais nesse universo, e só. Talvez se tivessem feito mais fases, possivelmente poderiam colocar uma narrativa decente ali no meio, mas aí seria necessário sacrificar alguns outros pontos (como trilha sonora e desenhos detalhados) em prol de uma narrativa melhor.

Venhamos e convenhamos, uma narrativa mais detalhada nem sequer faz falta nesse jogo. Os pontos em que são 'contadas' partes da história já são mais do que suficientes.

A jogabilidade

Por tratar de um personagem com duas fases distintas, The Lion King se dá ao luxo de aproveitar esse ponto. Temos dois tipos de controles: quando pequeno, Simba pula, rola e faz seus rugidos, sem poder atacar; já na fase adulta, Simba não consegue mais rolar, mas em compensação pode atacar seus inimigos.
Existem duas barrinhas que são usadas como indicadores, e elas ficam nos cantos superiores da tela. A barra da esquerda (que está vazia na screenshot acima) é a do rugido. Ela se recupera automaticamente e, quando cheia, permite a você soltar um rugido daqueles de abalar os ossos de qualquer inimigo; geralmente quando o jogador leva algum dano, é essa barra que é esvaziada. Já a barra do canto superior direito é a barra de energia. Quando sua barra de rugido estiver vazia e você continuar levando golpes, é essa aí que vai pro ralo e, diferentemente da anterior, ela não enche sozinha com o passar do tempo, e sim pegando determinados insetos em cada fase.

Considerações finais

Jogar The Lion King é uma experiência que é incompleta sem ver o filme antes. Pelo fato, já citado, de não haver uma narrativa detalhada e tudo mais, aquele que não viu o filme vai se sentir meio perdido em relação à história, mas vai se divertir à beça, o que deve ser o objetivo de quem tenta jogar esse maravilhoso plataforma de side scrolling. Talvez não seja um jogo que entre no Top 10 do Super Nintendo (ou do Mega Drive, que seja), mas vale a pena perder uma hora jogando :)

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