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Sonic, The Hero - Parte 1

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A Nintendo sempre incomodou, desde os seus primeiros passos. A SEGA que o diga, pois nem mesmo o carismático Alex Kidd teve forças para derrubar o poderoso encanador bigodudo, como já foi citado aqui. Tudo isso, foi devido à falta de marketing, que poderia ter transformado Alex Kidd num senhor mascote, que acabou fazendo parte dos bastidores da SEGA.

Com Alex Kidd não dando tanto resultado, e ele nem caiu tanto assim no gosto do público alvo, a SEGA teria de criar um sucessor, alguém que viesse para arrebentar as estruturas do mundo dos games, ou só trazer mais horas e horas de diversão (;
Primeiramente, vou abordar os principais motivos da SEGA ter tentado incessantemente buscar um mascote oficial.

A Nintendo sempre foi e sempre será poderosa. Só citar o nome da Big N faz muitos tremerem, e outros sentem uma nostalgia quase infinita. Basta lembrar que Mario é o mascote da Big N, mas não é o único personagem que fez história nos consoles dela. Dentre vários personagens que poderiam ser adotados como mascotes, estão Samus Aran (a bonitona de Metroid), Link (Legend of Zelda), Mega Man (da série Mega Man X, mesmo que ele sempre foi da Capcom, mas no Nintendo seus gráficos são fodásticos, e a série X marcou fãs) e por aí vai*. Dá pra entender o tamanho do problema agora? A SEGA não enfrentava apenas o Mario, enfrentava a turma dele e outros heróis que eram praticamente exclusivos para o console da Big N.

*Os outros personagens foram usados apenas como material literário. Falta aqui uma pesquisa completa sobre quando surgiram os outros personagens citados. Ainda, Mega Man teve uma versão muito chinfrim lançada para Mega Drive, que não fez sucesso, a ponto de ser um jogo excluído por muitos fãs de Mega Man X. Quem sabe, num futuro não tão distante, haverá uma matéria para cada personagem citado aqui.

Aí é possível entender os motivos de Alex Kidd não ter conseguido sair vitorioso. A SEGA não apenas queria um substituto à altura para Alex, ela precisava de um herói, um mascote revolucionário. Claro, seria impossível ganhar de todos os heróis em questão, os heróis que apareceram na Big N, mas deveria-se ao menos competir, certo?

E foi o que fez ele, o invencível, o indestrutível, o inigualável: Sonic, o Ouriço.


Ele apareceu em 1991 no Mega Drive, no jogo Sonic The Hedgehog. O enredo, raso como uma colher de chá levava a seguinte história:
Um cientista louco, o Dr. Robotnik, quer dominar o mundo (oh não, mais um...), só que para isso ele rouba as Esmeraldas do Caos, ou tenta. Para roubar, ele montou uma base na ilha em que Sonic mora, e transformou os fofuxos animais da ilha em maquiavélicos robôs loucos por carnificina (nem tanto). Sonic não gostou nada da banca que o malvadão tinha,  e resolveu acabar com a palhaçada. Especialmente, porque as Esmeraldas do Caos só podem ser encontradas por Sonic, justamente quando ele entra em uma zona dimensional criada pela velocidade que ele atinge.
Ou seja, mais um jogo no estilo: Alguém quer dominar o mundo, vá lá, sente a porrada em todo mundo (nesse caso, pular nos inimigos e coletar as 'rings' para ganhar vidas) e tudo será restaurado. Venhamos e convenhamos, mesmo que esse jogo tivesse sido lançado hoje, faria um baita sucesso.
Primeiro pelos gráficos, cenários bem desenhados, inimigos bacanudos, e os bichos que eles viravam quando destruídos tinham um design pixel MUITO bonito, praticamente perfeito. Isso sim era aproveitar os bits do Mega. Depois, pela mecânica de pular, matar, recolher e vencer. Não era nada inovadora na época, mas foi apresentada de uma maneira incrível, que prendeu os jogadores na frente da tela. E também, pelo herói principal.
Jogar com Sonic e aproveitar de sua velocidade natural e ainda dos power ups, era uma coisa muito legal. Para você correr, não precisava apertar botões extras, era apenas andar muito. Fora que você podia girar, entrar no modo 'bolinha' apertando o botão para baixo durante a corrida. Aí, nesse modo, era muita apelação: você destroía inimigos andando!

Sonic não era apenas um personagem, ele era O personagem. E as músicas. Ah... as lindas músicas!
Tudo isso junto, esse conjunto, acabou por formar não apenas um personagem entre tantos. Surgiram fãs, milhares, milhões! O Sonic por si só, causou uma grande dor de cabeça na Big N, e então uma porrada maior: derrubou a Nintendo aos poucos.
O Ouriço é tudo que Mario não é: Bacanudo, com design maravilhoso, Veloz, adora uma ação, e não quer salvar uma princesa só, ele quer salvar sua ilha inteira!

Com o sucesso estrondoso que Sonic The Hedgehog fez, é claro que haveria uma continuação. E eis que surgiu, Sonic The Hedgehog 2, em 1992.
Nessa versão, era possível jogar de dois. Sonic ganhava um amigo: Miles Tails. A história é a seguinte*:
Enquanto viajava em seu avião, o Tornado, Sonic faz um pouso forçado em West Side Island. Depois de alguns dias, ele percebe que está sendo seguido, por uma raposa de duas caudas. Ele tenta fugir correndo, mas o sujeito gira suas caudas como um helicóptero para alcançar o ouriço. Sonic se impressiona com a habilidade da raposa, e deixa ele juntar-se. Ele se apresenta como Miles Prower, mais conhecido como Tails. Alguns dias depois, Sonic e Tails ouvem uma explosão no centro da ilha. A grande floresta fora destruída e robôs cercavam a área. Sonic sabia o que era: o Dr. Robotnik estava de volta, e resolveu usar o poder das Esmeraldas do Caos novamente, para propulsionar o Ovo da Morte, uma estação espacial do tamanho de uma lua. Sonic e Tails partem para localizar as esmeraldas antes de Robotnik.

*Retirada da Wikipédia.

Essa versão trouxe muita coisa legal. Justamente uma ótima continuação. Pois, geralmente, o segundo jogo sempre é aquele em que a série cai pra caramba, fazendo assim com que precisasse ser lançado um terceiro para concertar as coisas. Mas não foi bem assim, pois Sonic 2 foi outro grande sucesso.
Agora, com Tails, a aventura tinha um novo fôlego, novos jeitos.

Quase dois anos depois, foi lançado o teceiro jogo da série: Sonic The Hedgehog 3, e algum tempo depois Sonic 3 & Knuckles.
Sonic & Knuckles não foi um Sonic 4, ele era praticamente uma versão diretamente ligada a Sonic 3, praticamente focada nela. Aí você escolheria Sonic ou Knuckles, e cada um tinha uma visão diferente de jogo, da história em si. E o jogo é muito longo, fora que dá vontade de jogar com os dois personagens só para acompanhar a história dos dois!
Basicamente é aquela mesma coisa de Esmeraldas do Caos, mas agora aparece o Knuckles, que é iludido pelo Robotnik (que não sei por quais raios é chamado de Eggman por muita gente. Sacanagem com o vilão. Ou não) e blá blá blá.
Na opinião deste que vos escreve, foi um dos melhores jogos de Sonic. E o nascimento de Knuckles, o tal rival do herói, o clássico, foi simplesmente incrível.

Infelizmente, Sonic 3 e Sonic 3 & Knuckles não venderam muito. Não foi aquele sucesso esperado, mas também estava longe de ser um fracasso. O motivo das vendas fracas, não foi que a série piorou, mas porque ela já começava a ser deixada de lado.
Um dos grandes motivos talvez, seja que a Sega tenha lançado consoles demais e confundido o público gamer.


No próximo post, vou tratar de um pequeno assunto, que faz parte, infelizmente, da vida do nosso Ouriço: a decadência que Sonic sofreu.
Nem tudo é apenas maravilha, e Sonic também sofreu seus momentos ruins. Isso conta com alguns spin offs e a versão 3D de Sonic.
Até a próxima (;



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