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Assassin's Creed: Irmandade

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Há algum tempo postei aqui sobre o livro AC: Renascença, e falei sobre como achei o livro seco e direto demais, alem de reclamar do fato que ele segue o jogo tão fielmente que até descreve os tutoriais!

Resolvi ler o livro seguinte, o Brotherhood, mesmo que tivesse de fazê-lo  em ingles, mas por sorte achei em português e disponível bem a tempo. Enfim, de primeira eu devo dizer que achei este livro bem melhor do que o anterior, não sói pela  escrita de Oliver Bowden ter melhorado um pouco, mas pelo enredo, que melhorou bastante. Antes de continuar, devo lembrar que o post pode conter varios spoilers, inclusive sobre o primeiro livro, e como os livros de AC são baseados nos jogos, que são relativamente recentes, continue por sua conta e risco.
A história

O livro continua bem de onde parou o anterior:  Ezio no Vaticano com a Maçã do Eden e conversando com Minerva apos deixar Rodrigo Bórgia para a morte do lado de fora da câmara. Após ter a conversa com Minerva, o Assassino sai do local e vê as vestes do papa ensanguentadas, mas Rodrigo Bórgia já não estava mais lá. Aí é possível ver que a escrita melhorou um pouco. Não é tudo absurdamente mais detalhado do que no Renascença, mas há  uma visível melhora no detalhamento que realmente empolga.
Bom, com o papa enfraquecido, Ezio volta com Mário para a cidadela dos Assassinos, onde todos os membros do Credo dos Assassinos se reunem (incluindo Maquiavel), e depois Maquiavel vai para Florença. Na manhã seguinte a cidadela onde os Assassinos estão é atacada por Cesare Bórgia, filho de Rodrigo Bórgia. Cesare leva Caterina Sforza como prisioneira e ainda por cima mata Mário, o tio de Ezio, com um tiro na nuca! Como um leitor que se empolga realmente fácil, nessa parte eu já estava achando que o ritmo das coisas ia ser alucinante, o que não aconteceu totalmente. Ezio Auditore perde a maçã para os Bórgia (pois ela estava com Mário) e descobre que Leonardo da Vinci está trabalhando para Cesare, o que, de primeira, caracterizava uma grande traição.

Enfim, o enredo é grandioso e com algumas reviravoltas que salvam a história por vezes, como quando Ezio descobre que Caternia Sforza estava apenas usando ele para conseguir os apoios que precisava. Isso praticamente parte um coração que parecia bem claro que o Assassino já não tinha mais após a morte de sua namoradinha de infância no livro anterior. Bom, vivendo e aprendendo não é mesmo?

Em Irmandade não só Ezio como também alguns outros personagens são bem desenvolvidos, apesar de tudo continuar ainda bastante resumido (mesmo que o detalhamento tenha melhorado, como citei acima). Quando Claudia e Maria (respectivamente a irmã e a mãe de Ezio) chegaram a Roma pensei que seriam desenvolvidas também e teriam uma grande influência no decorrer da história, mas não ganham muito destaque. Claudia vira administradora do Rosa In Fiore, e até ganha algumas participações, e entra para a Irmandade, mas é só isso, e depois aparece novamente e numa emboscada perto do final do livro. Maria ajuda Claudia a tocar o Rosa In Fiore, mas se aparece alguma vez após esse trecho é milagre, e há apenas algumas menções de seu nome (obviamente acontecem quando aparece a irmã de Ezio) e depois falam de sua morte, só.

Agora, o premio decepção do ano vai para Nicolau Maquiavel. Realmente cheguei a pensar que ele era o traidor, e havia motivos mais do que suficiente e até mais motivos do que La Volpe citara. Mas, quando fica comprovado que Maquiavel é inocente ele perde toda sua independência e personalidade!   COMO ASSIM? Nicolau até fala a Ezio que resolveu deixar de ser independente pois foi justamente esse comportamento que colocou a harmonia da Irmandade em risco, mas é uma explicação muito tapa buraco e desnecessária. É muito ruim ver um personagem que agiu durante toda sua vida sendo um questionador se tornando, de uma hora para outra, o que mais aceita comandos sem questionar. Arrisco dizer que isso é uma involução, ou talvez eu esteja só sendo chato e Maquiavel percebeu que além de seu ego gigante havia a Irmandade, que era um bem maior e que ele deveria respeitar.

Você vai me perguntar se AC: Irmandade vale o investimento, eu vou te dizer que sim, apesar de que é um pouco necessário que se tenha o conhecimento dos eventos de AC: Renascença (que são os mesmos eventos do jogo AC 2). AC: Irmandade é um bom livro, e se você gastar o seu dinheiro com ele não será jogado fora, isso eu garanto. Minha maior curiosidade agora é com relacao ao proximo livro: Secret Crusades. Ficou mais do que claro que o arco de Ezio já deu, até porque ele larga a maçã antes do final do livro, e ele tem cinquenta anos nas costas, o que não é relativamente bom para alguem que deseja ser furtivo e rápido (várias vezes durante a trama é possivel ver que Ezio anda ofegante e sua agilidade já não é mais a mesma). Só me resta ler o  livro seguinte e estou torcendo para que a historia trate de um personagem diferente (talvez Altair, se possível), mas pela ponta solta que ficou em relação ao códex e a localização de outras câmaras como a que Ezio encontrou Minerva, é bem possivel que o próximo livro trate ainda do Assassino, o que não seria de todo ruim, afinal de contas.

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