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Assassin's Creed - Renascença

Um comentário
Já há algum tempo postei aqui no blog sobre Uncharted - O Quarto Labirinto, e vocês leram linhas e mais linhas de um cara enchendo a bola de uma das mais belas obras que tem por objetivo expansão de universo dos games para livros. Tá, depois que aquela cortina de fumaça que envolvia o livro e o quanto eu era fascinado por Uncharted caiu, percebi que não era uma coisa surpreendente e de fazer vomitar tijolos.
Acontece que, então, comecei a procurar por livros de franquias famosas do mundo dos games, e como próximo alvo escolhi Assassin's Creed. Acabei de ler o Renascença, e logo passarei para o Irmandade.

Enfim, AC - Renascença é a adaptação de AC 2 para o mundo dos livros, e foi escrito por Oliver Bowden. O objetivo do livro é acompanhar o caminho de Ezio Auditore e mostrar como ele se tornou um Assassino, e isso é concluído com certo louvor.

O problema é: o livro tenta trazer para as palavras tudo o que acontece em AC 2, e nesse ponto começa a falhar miseravelmente como uma obra literária. É tudo muito seco, muito rápido. Falta um detalhismo maior e uma liberdade na parte da história. Até mesmo o tutorial do jogo é descrito no livro(igual quando Ezio está num bordel aprendendo a se misturar à multidão)! Sabe, é como se eu estivesse lendo o que acontece no jogo, mas resumido. O pior nem é isso, mas quando aparecem trechos como "Ezio precisa chegar a lugar X", e duas linhas abaixo "Ezio chegou a lugar X", e isso acontece com muita frequência.

As maiores diferenças do livro para o jogo, é que faltam os acontecimentos atuais do Desmond (a história do livro ocorre só na época renascentista mesmo) e alguns nomes e detalhes que não causam um impacto no enredo. Talvez a pessoa que não tenha condições de comprar o jogo e se divertir explorando a história tenha uma ótima chance de conhecer bem o enredo geral lendo o livro, mas se você tiver um console da geração atual ou computador que rode o AC 2, a minha dica é que compre o jogo e nem olhe para o livro, pois seria perder dinheiro e tempo.

Apesar de todas as minhas altas expectativas com o livro terem sido destruídas, ainda estou com vontade de ler os outros (Irmandade e Cruzada Secreta, mesmo que tenha que pegar os livros em inglês, o que, afinal, não fará diferença nenhuma mesmo), só que mais por ser fã da franquia de jogos e da história geral do que pelos livros em si.


Um comentário :

  1. Eu vejo o livro como um script do jogo... Acredito que quem jogou o jogo não irá gostar nem um pouco do livro, posto que nada de novo acontece nele (sem falar que Desmond nem é citado). Tenho a mesma opinião que você: melhor jogar o jogo, se possível, do que ler o livro. Não terminei de ler o livro, mas joguei o jogo por uns momentos e me surpreendi ao ver que as falas dos personagens eram parecidas demais com as falas dos livros... até as expressões em italiano/latim.

    De resto, vale a pena mesmo curtir esse livro somente pela história, porque a escrita de Oliver não é grande coisa.

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